domingo, 17 de junho de 2012

Abóbora em Festa - Resgate às Tradições Históricas do Distrito

 A Escola Municipal Manoel de Souza Bonfim, realizou o grande evento A Escola na Trilha Cultural que tem como parceria a Secretaria de Educação e Esporte - SEDUC. O objetivo; o regate às tradições históricas do distrito de Abóbora. 
A fundação de Vila Abóbora teve origem do encontro de tropeiros (feirantes) que vinha da região de Senhor do Bonfim e Jaquarari, na década de 20, conhecidos como jacobineiros, que se dirigiam para a Fazenda Rancharia, local onde havia uma pequena feira, com uma distância aproximadamente 20 Km deste distrito. Era costume dos feirantes descansar, os animais, no tanque de Justiniano e outros no tanque de Marcos Ferreira proprietário da Fazenda Tanque de Cima, que ficava onde era o tanque do município.
 Neste local o Sr. Antônio Bonfim e Zezé Coroa (José Benedito) convidaram algumas pessoas das fazendas mais próxima para fazerem as compras na passagem dos tropeiros o que iria diminuir a distância para Rancharia. Após várias vezes que compareciam as compras. Raimundo Bonfim, João Gomes, Zezé Coroa, (José Benedito), combinaram com os feirantes para ficar realizando uma pequena feira semanalmente, em baixo do pé de Baraúna que existia na Parede do Tanque de Marcus Ferreira, algum tempo depois foi construído uma cobertura com malva e depois telha, já mudando de local, sendo construído  também as primeiras casas de negócio ( as bodegas ), os organizadores da feira tornaram-se os primeiros comerciantes, nesta feira era também comercializadas doces, bolos e café as primeiras vendedoras dessas iguarias foram:
 Nemêm Bonfim, (Ana Bonfim, da fazenda Angelical) D. Levina (da Fazenda Arapuá). 
Iguarias: doces de leite com ovos, doce de umbu, doce de rapadura, paçoca de carne, bolo branco, brevidade.
  Comerciantes e produtos comercializados nas bodegas
Raimundo de Souza Bonfim, vendia carne, João Gomes comercializava diversos produtos, Zezé Coroa, cereais, Manoel de Souza Bonfim comprador dos diversos produtos locais, como algodão e caroá, peles e outros.
 Camilo Borges Filho de João Gomes vendia miudezas ( produto de higiene e perfumes), esta feira deixou de existir entre 1928 e 31, motivado pela presença do grupo de Lampião na região.
O nome Abóbora, teve a sua origem em decorrência de uma grande quantidade de abóboras que existiu em uma queimada, local onde hoje é conhecida como Abóbora Velhas, teria sido neste local construído um rancho para amassador dos proprietário de gados de fazenda Angical e dos Buritis de Jaguarari, em período de poucas chuvas na região, este local passou a ser referenciado por abóboras. Assim passou-se a chamar tanbém de Abóbora o local da feira, onde foi construída por João Gomes, Raimundo e Zezé Coroa as três primeira casas (as bodegas), onde teve inicio a rua principal.
TEXTO: Professoras da  Escolas Municipal Manoel de Souza Bonfim, através de pesquisa dos alunos do Fundamental I e II. Projeto A Escola na Trilha Cultural

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Abóbora em Festa - A Escola na Trilha Cultural

 Vamos conhecer um pouquinho o Distrito de Abóbora que fica distante da sede do Município cerca de 100 Km, tem uma população de 2.254 habitantes. A água  para consumo é canalizada do Rio São Francisco, via Adutora da Caraíbas Metais. O Distrito tem tradição na Pecuária e na agricultura. A origem de Abóbora é que era uma Feira,  transformando depois em povoado e agora em distrito de Juazeiro.
 A Escola Municipal Manoel Bonfim, fica na Rua da Movelaria. Tem Educação Fundamental I e II
Equipe da Escola
Diretora: Vanúsia Evangelista - Coordenadora Pedagógica: Sirlene Oliveira Alves - Secretária: Silvana 
  Ruas do Distrito de Abóbora.
Posto de Saúde, Posto Policial, Correio, Igreja Católica, Assembléia de Deus. 

A Escola na Trilha Cultural - Resgate Cultural

 As escolas localizadas nos distritos estarão realizando a culminância do Projeto "A Escola na Trilha Cultural.
Será um grande evento e tem como objetivo resgatar a cultura do nosso município. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Origem do Rodeadouro

Contam que a comunidade surgiu através dos negros que aqui chegavam, o nome se deu por causa das embarcações que para chegar em terra firme faziam várias voltas ou também para chegar por terra os animais faziam várias voltas também. Dona Ovídia conta um depoimento que a comunidade é mais velha do que o município de Juazeiro, tudo isso por causa de seus antepassados. Seu pai Domingos Ramos faleceu com 87 anos e já tem 30 anos de falecido e ele era de um dos mais novos e por isso esse e outros motivos levam a crer que é verdade. Um dos primeiros moradores foram índios, os quilombolas e o morador Antonio da Ladeira. A localidade do Rodeadouro pertence ao distrito de Junco a 13 Km da cidade de Juazeiro e a 513 Km da capital Salvador, no Estado da Bahia, as margens do são Francisco. A fonte de renda da maioria dos pescadores, donas da casa, agricultores, barqueiros, barranqueiros e comerciantes em geral. Devido a comunidade ser ribeirinha, tem a agricultura, o turismo e piscicultura a sua principal fonte de Renda. Hoje diferente de alguns anos onde existia uma casa aqui e outra ali, a comunidade desenvolveu bastante, ela está com 7 ruas, 153 casas e 660 pessoas entre crianças, jovens, adultos e idosos, várias chácaras com moradores da comunidade que moram de caseiros e várias casas construídas, sendo assim, a população aumenta ainda mais.
 Temos hoje como morador mais velhos Sr. Matias com 88 anos, Mª Joana com 83 anos e Pedrina de Sena com 88 anos.
A comunidade aos domingos e feriados ainda recebe os visitantes que chegam a ter mais de 4 mil pessoas.
TEXTO: Professora Maria de Fátima, através de pesquisa dos alunos da Eja educação de jovens e Adultos das Escola Maria Monteiro Bacelar.

Samba de Véio - Rodeadouro

 Samba de Véio - Rodeadouro
 È uma dança com movimento que tem como finalidade o divertimento da nossa localidade. Devido a falta de diversão, os velhos se reuniam para dançar em locais que eram convidados ou nas casas da comunidade, e para chegar as vezes ao local caminhavam vários quilômetros. A cultura do Rodeadouro concentra-se principalmente no Samba de Véio. Por algum tempo ficou esquecido, mas com a chegada de Manoel Severino, vindo da Boa Vista do Salitre, distrito de Junco e durante algumas décadas, foi responsável pela revitalização do samba, onde incorporou peças ilustre como o bum-meu-boi, a mulinha, o caipora e outros que abrilhantavam ainda a cultura local.
 O grupo de Samba teve como responsável a Senhora Francisca Pereira Miranda, sendo uma líder específica, ficando a mesma como representante da apresentação. Apesar de ser chamado de Samba de Véio, nem todos os membros obrigatoriamente tenham que ser pessoas de uma faixa etária elevada, constata-se também a presença de pessoas jovens e crianças. Acabando , assim com o preconceito existente em relação a idade. Seu Matias o morador mais velho da comunidade com 88 anos, afirmou que no tocante a origem da dança veio da Africa, e sua chegada em Juazeiro especificamente no Rodeadouro, começou com os pescadores e os trabalhadores da casa de farinha que após a sua jornada de serviço se reuniam e sambavam para se divertirem. Seu Matias informou que este folclore no Rodeadouro é mais velho que o progresso de Juazeiro. O Samba é festejado na época do folclore e nos festejos de Santos de Reis, que vem depois da dança de Reis. Não é especificamente em festejo de promessas, mas seu Matias falou que um certo tempo sua criação de caprinos sumiu do cercado e ele fez a promessa ao Santo Reis que se a criação aparecesse ele fazia uma festa no próximo dia 6 de janeiro na sua residência com a Festa de Reis e Samba de Véio e ia dar comida e bebidas aos participantes, e sua criação apareceu, ele pagou a promessa com muita alegria. O grupo é constituído por membros entre homens e mulheres. Sendo que isto não significa que o grupo só possa se constituir por essa quantidade de membros.
O grupo do Samba além de apresentar na cidade em alguns convites, já participou da filmagem do filme Irmão Quixaba, e da reinauguração do teatro Castro Alves na capital, e várias apresentações nas escolas tanto da rede Municipal como na rede Estadual, nas Faculdade em geral e aos convites.
Nós temos uma associação sem fins lucrativos e que de 2 em 2 anos há uma votação para eleger a nova diretoria. Conta professora Ovídia que o Samba de Véio tem diversos focos no Brasil, mas teve sua origem na África. 

 No Brasil foi trazida pelos africanos como tantas outras culturas deles, o samba tem no seu interior afora dos negros, e a sua cultura do país de origem, como não tendo nenhum divertimento, tiveram essa ideia de criar uma forma de distrair-se e de passar o tempo. O Samba de Véio é lembrado na semana folclórica, resgatando assim a memória dos festejos. O samba não tem data registrada da chegada no povoado diz a professora que lembra desde sua infância que seus tios já comemoravam, antes começavam em dezembro e iam até o dia 6 de janeiro no dia dos Santos Reis, faziam apresentações à noite e o dono da CSA servia a bebida e comida.
Lembra a professora Ovídia, que a professora Meire, uma época trabalhava com uma turma de jovens e adultos e na oportunidade, fez um resgate da cultura local e deu uma revitalizada no samba. através dos alunos que eram integrantes do grupos e logo após fez renascer onde dai, não parou mais.
TEXTO: Professora Maria de Fátima , através de pesquisa dos alunos da EJA -  Educação de Jovens e Adultos da Escola Maria Monteiro Bacelar.

domingo, 29 de abril de 2012

Essas Paisagens podem ser eleitas Maravilhas de Juazeiro

A Cachoeira do Salitre, Ilha do Rodeadouro, Vale das Águas em Itamotinga, o Riacho de Pinhões,  Museu Regional do São Francisco, o Arqueduto, estes locais podem ser eleitos  as 10 Maravilhas de Juazeiro. As Escolas da Rede Municipal de Ensino através do projeto “A Escola na Trilha Cultural” vão eleger as Paisagens Naturais  mais bonitas de Juazeiro, mas também podem terem sofrido intervenção humana, os Prédios também estão participando. O que vale  ponto é a beleza, valor ecológico e histórico. Depois esses Patrimônios vão virar cartões-postais. Os finalistas ficarão a cargo dos estudantes, professores, gestores escolares, artistas, agentes comunitário e educadores populares. 

sábado, 28 de abril de 2012

Escolas vão eleger as 10 Maravilhas de Juazeiro

A Cachoeira do Salitre, Ilha do Rodeadouro, Vale das Águas em Itamotinga, o Riacho de Pinhões, o Museu do São Francisco, o Arqueoduto, estes locais podem ser eleitos  as 10 Maravilhas de Juazeiro. As Escolas da Rede Municipal de Ensino através do projeto “A Escola na Trilha Cultural” vão eleger as Paisagens Naturais mais bonitas de Juazeiro, mas também podem terem sofrido intervenção humana, o que vale  ponto  é a beleza, o valor ecológico e histórico. Depois esses Patrimônios vão virar cartões-postais. Os finalistas ficarão a cargo dos estudantes, professores, gestores escolares, artistas, agentes comunitário e educadores populares. 

De Jurema a Juremal

Equipe:
Diretora: Marilene Gonçalves - Coordenadora: Simone Maria - Secretária: Aluane Ferreira.
Juremal fica a 60 Km de distancia de Juazeiro, sua população é de quase 2.000 habitantes
Uma Equipe maravilhosa, presente na escola, comprometida com a qualidade da educação, com a preservação da cultura e da sua história. Terra do Prefeito Durval Barbosa, José Guilherme, de Cidinho que fez o hino e que todos os moradores cantam e sabem na ponta da língua, Terra de Antônio Carlos Chaves que foi vice prefeito de Juazeiro, de poetas, escritores, médicos, agrônomos. Juremal tem Teatro, Bumba-meu-boi, Pastoril, Samba de Velho, Corrida de Argolinha, Roda de São Gonçalo. Tem uma grande diversidade cultural. "Somos todos os responsáveis pelos rumos da nossa própria história. Se ela vai ser de final feliz, só nós podemos dizer" disse a diretora do Colégio Manoel da Cunha Leite Marilene Gonçalves.

História
Os primeiros moradores segundo Nezinho, contador de história filho de Juvenal, foram Raimundo Grande, João Dias e Zé Félix, que aqui se instalaram no povoado de nome Riacho das Balas. Esse aguça a curiosidade, pois surgiu dos tiros que eram ouvidos por todos partindo de bandos de cangaceiros que por essas matas andavam as suas casas, retornando somente apóes a calmaria. Era uma vida de sufoco. Depois veio o nome Jurema por conta da quantidade de vegetação do mesmo nome; Já nesse tempo podia observar um pegueno aglomerado de casas de taipa, algumas cobertas de palha e de chão batido e algumas, mais sofisticadas, com ladrilhos. Concentravam-se estas moradias onde hoje é a praça principal e a entrada da cidade que apesar de rudimentar ainda faz o pessoal ter muito do que lembrar: havia uma grande feira livre de onde vinham vendedores de mercadorias (que recebiam o nome de jacobineiros) de Jaquarari, Sr. do Bomfim, Santa Rosa etc. Dentre as mercadorias comercializadas tinham: farinha, feijão, rapadura, carne do sol, frutas e algumas vezes verduras.

Os moradores de Juremal por sua vez, usavam a criatividade para conseguir dinheiro a fim de comprarem mercadorias da feiras. Como aqui não tinham agricultura constante e nem pecuária, conseguir dinheiro era difícil. Foi surgindo então um outro comércio que era realizado na antiga Estação da Leste, hoje transformada em Centro  Cultural onde funciona atualmente o posto telefônico. O Cartório de REgistro de Títulos e Pessoas Físicas, uma biblioteca distrital e finalmente o cômodo que foi cedido para o museu e que, até antes projeto, não possuía acervo. No comércio da Estação as pessoas da comunidade lá iam quando chegavam o trem que distribuía água para a comunidade. Vendiam bolinho, bolachinhas, beijus, chupetas, pirulito, fofão, doce, queijo, cafés, chás, puxas. Era na Estação que acontecia também as paqueras e namoros. Era o ponto de encontro e nesse vai e vem do trem muitas amizades eram construídas. As famílias compravam mercadorias em malas e caixotes próprias para tal fim. Outras atividade que dava sustento eram as olarias, caieiras e o artesanato feito de barro, as rendas de bilro e o bordado ponto de cruz. Na culinárias o famoso era o doce de leite mas tinham ainda o de umbu, batata e de banana; o fofão e o querido de todos, o bode assado.Eram vendidos ainda, bebidas, tecidos, perfumes, etc.
Depois foi construídos, no espaço que antes era um grande curral, um mercados onde passou a funcionar o comércio e aconteciam desde festa de sanfoneiros até bailes de carnaval e aconteciam à fantasia. Eram festas famosas e todas as famílias se faziam presentes. A diversão das pessoas era cantar em rodas de terreiros, ouvir história e piadas, participar de corridas de argolinhas, ternos de reis e existia até um famoso carrossel feito de madeira, com doze acentos duplos, movidos a força do braço e no qual para se andar pagava um tostão. Era o maior sucesso entre a garotada da época, muitos dos quais hoje são avós e bisavós dos nossos alunos. O que se percebe com bastantes clareza é que o povo de Juremal é muito criativo , esperto e não se sente vergonhado de driblar as dificuldades existentes mostrando o seu lado de comerciante que para sobreviver vende uma fruta que colher no quintal, até as belas novidades que surgem. Tudo se transforma em um jeitinho para garantir um dinheirinho. Lembra um dos moradores daqui, Osmar, que sendo o primeiro a adquirir uma bicicleta e vendo que causava sensação resolveu alugá-la por voltas dadas pelos outros meninos. O preços era negociado dependendo da distância.
As primeiras professoras daqui foram D. Zilda, Águida, Manoel Brisdinha e Ronilce Cerquiera a querida professora Ró que por ter um problemas de surdez foi atropelada pelo trem pois não ouviu o barulho dele quando se aproximava. Hoje a praça ao lado do Centro Cultural leva o nome da dedicada professora em sua homenagem. A primeira escola da comunidade foi uma que leva o nome de Almiro foi um filho da terra que ao sair daqui conseguiu se destacar tornando-se aviador e isso, na época, era muito difícil. Depois ganhou uma escola que leva o nome de um irmão de Almiro: Raimundo da Cunha Leite. Este se tornou politico renomado em cidades do Sul do País. É no Colégio Municipal Dep. Raimundo da Cunha Leite que hoje trabalha e estuda os atuais professores e alunos, funcionando cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio com habilitação em magistério. O Colégio Mul. Dep. Raimundo da Cunha Leite foi construídos e inaugurado em 15 de julho de 1986 atendendo à comunidade até hoje.
Pesquisa: Equipe do Colégio Municipal Dep. Raimundo da Cunha Leite e alunos.
Equipe: Diretora: Marilene Gonçalves - Coordenadora: Simone Maria - Secretária: Aluane Ferreira
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